O vazio da lembrança é como um câncer
que toma o corpo sem dar sinais
e consome tudo por onde passa
sem segunda chance
O contido nas palavras de antes
mais parece uma tragédia.
Aparece sem dar aviso
e deixa uma saudade irrecuperável
E o que foi tão vívido um dia
é, hoje, um defunto
encaixotado e enterrado
feito um indigente
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Lágrimas
Naquele dia eu saí para caminhar
e a chuva me deu bom dia.
Era como se o céu chorasse
misturando tristeza e alegria.
Acelerado meu coração ía
e o choro das nuvens dizia
que alguém lá em cima chorava
e de um grande amor esquecia
Quem chorava, eu já não sabia
e parecia ser tudo em vão.
Só lembrava que eu caminhava
cada vez mais longe do chão.
E o vento ria e soprava
misturando pingos e lágrimas.
O céu, chorando dizia
que um grande amor esquecia.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
O que se espera?
O que se espera de um laço estéril?
Uma existência incerta
ou a certeza do incredulo?
O que se espera de um deserto?
A solidão da independência
ou uma egoísta demência?
O que se espera de uma chama?
O fim da vela
ou a certeza de que uma hora a brisa leva?
O que se espera quando
o que mais somos
é a negação em que estamos?
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Um dia
Um dia teus cabelos eram como uma coroa de louros para mim
Ofuscavam o sol e me iluminavam no escuro
Acendiam meu coração e nutriam minha alma
Até um vento sombrio passar e levar sua luz para longe
E o que resta agora é um incômodo vazio, um hiato na alma
E os cachos que vejo por aí
me açoitam como uma coroa de espinhos
Assinar:
Postagens (Atom)